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Lixo Emocional

Lixo emocional:

você já ouviu falar?

 

A vida de uma pessoa é marcada por histórias. Algumas delas são agradáveis, outras nem tanto. Aquelas negativas, muitas vezes, não são percebidas, mas ficam lá dentro da pessoa em algum cantinho.

 

Essas histórias formam o sistema psíquico, o qual está constituído por emoções. Assim como as histórias, as emoções também podem ser agradáveis ou amargas. As desagradáveis vão se formando em razão de conflitos mal resolvidos, experiências negativas ou por aspectos que a pessoa nem percebe.

 

Tais emoções vão se depositando em seu interior, podem gerar tristeza, falta de energia, dificuldade em se aceitar, entre outras angústias. 

 

O que é lixo emocional?

 

Vi essa expressão folheando uma revista que jamais leria. Como sou curiosa, a capa da revista (que não lembro o nome) me chamou a atenção. Em uma determinada página estava lá um texto falando sobre lixo emocional. Desde então passei a refletir sobre o tema.

 

Todos aqueles aspectos que não são olhados pela pessoa vão se acumulando em seu interior, em um local não detectável, chamado de conteúdo emocional, o qual constitui parte do sistema psíquico e fica guardado no inconsciente.

 

O inconsciente é aquela parte da psique que é desconhecida do sujeito. A psique também é formada pelo consciente, é que tudo aquilo a pessoa sabe sobre ela.

 

Por mais que conscientemente a pessoa tenha noção que algo a incomoda, se não olhar para o incômodo, este acaba, hora ou outra, fazendo parte das emoções não lidadas, que no artigo daquela revista que falei, deram o adequado nome de lixo emocional.  

 

O lixo de nossas casas está composto por coisas que não se quer mais, que estão estragadas ou já usadas. O que fazemos com o lixo de casa? Colocamos em lixeiras e o descartamos adequadamente.

 

O que fazemos com as coisas da vida que nos incomodam? Podemos descartá-las? Não! O comum é que sejam escondidas dentro da pessoa. No ato de esconder, a pessoa tem a sensação de que já não existem mais, porém ficam guardadas lá na psique no cantinho das emoções inconscientes desconhecidas.

 

Tem consequência o lixo emocional? 

 

Sim! Pode fazer com que a pessoa empurre decisão. Rouba energia. Tira autonomia. Dificulta sentir amor e admiração por si própria. Pode trazer apatia, desanimo, depressão, mal humor, até compulsão, excesso de atividade, agressividade, ansiedade e outras diferentes consequências.

Todas aquelas emoções sentidas e vividas quando não são olhadas e integradas pela pessoa passam a fazer parte dos conteúdos desconhecidos, esses ficam armazenados em um canto da psique, os quais, nesse texto, denominamos como lixo emocional.

 

 

O que fazer? 

 

O lixo de casa quando acumula, a gente joga fora, certo?!

 

Lixo emocional dá para jogar fora?

Não! Ele nunca deixa de existir, pois faz parte do que molda uma pessoa.

 

A única solução é arregaçar as mangas e encarar os aspectos emocionais acumulados ao longo dos anos. 

 

Olhar para as emoções como se fossem um grande quebra-cabeça e ir ligando as peças com cuidado e atenção, é um bom caminho.

 

Uma vez lidada com algumas, outras continuarão aparecendo, pois são do humano. Aprender a reconhecê-las é uma das mais importantes tarefas para a saúde emocional de uma pessoa.

 

Qual a solução?

 

Ressignificar

O prefixo “re” é de origem latina, refere-se à repetição, a novamente e a reiniciar de algo. Significar tem o sentido de dar importância e de ter relevância. Uma das formas de lidar com as emoções e as histórias vividas é ressignificá-las.

 

Como se faz isso? Falando sobre elas, nominando-as para transformá-las, eis a chave que contribui com o processo de compreender os nossos lixos emocionais. 

 

A psicoterapia pode auxiliar?

 

Com certeza! Até antes de surgirem os primeiros sintomas (como os citados acima) você pode buscar a contribuição de um terapeuta.

 

Analisar aspectos que ficaram guardados no inconsciente, olhar para os sonhos, compreender a si e as suas relações, delinear novas trajetórias de vida, são alguns dos temas analisados em terapia.

 

O lixo emocional pode até continuar se formando (e vai, é do humano – lembram-se?), mas a pessoa aprende a reciclá-lo e a criar maravilhas com suas histórias, dores e amores. 

 

Todo ser humano tem marcas, as quais o diferenciam dos demais e o embelezam. É impossível uma pessoa não ter história (portanto emoções), mesmo que esteja sozinha.

 

 

Ana Paula Escorsin – Psicóloga.                                           

Gostaria de saber sobre aspectos emocionais?

Psicóloga Ana Paula Escorsin - Av. Senador Souza Naves, 522 - Alto da XV - Curitba-PR-Brasil 

(41) 99963-9505 - ana.escorsin@gmail.com

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